Breves Reflexões sobre Comunicação Comunitária.

Olá pessoal!

Compartilhamos com vocês uma "colagem" a partir de depoimentos dos alunos realizadores da ECOS (Escola de Comunicação da Serra) sobre a experiência com comunicação comunitária.

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Comunicação já é uma nova realidade na cidade, hoje o modo como as pessoas, principalmente os adolescentes, vem o novo mundo que está se abrindo é maravilhoso. Já faz parte do dia a dia ver as pessoas falarem e estarem se colocando de frente para a comunidade. Vemos pessoas da população que saem de suas casas a noite,debaixo de chuva, para se verem em um telão em praça pública; lavarem suas almas, renovarem a auto-estima. Por esta ligada diretamente a pessoas que participam dos trabalhos que desenvolvemos, posso falar com toda a clareza de como as pessoas por mais simples que elas sejam precisam ser reconhecidas, seja lá de que forma, acho que não tem explicação melhor do que um fato que aconteceu domingo (02/05/10): estávamos gravando com o senhor Paulo e durante a conversa ele começo a chorar, pelo simples fato de nós estarmos ali, olhando e gravando o trabalho dele, acho que ver aquele senhor de mais de 60 anos se emocionando porque estava sendo gravado por jovens aprendizes já diz tudo. Nós somos,sim, importantes, singulares para a auto-estima da comunidade. O nosso trabalho de comunicadores é hoje indispensável em Guaramiranga.
[Juliana Ferreira é do núcleo de audiovisual da Ecos]

(...) As pessoas realmente ficam contentes quando se vêem na telona. Vendo o seu trabalho, arte, música, dança, coleção, cultura, histórias de vida sendo mostradas, reconhecidas... Vejo assim: é ótimo ser reconhecido, todos nós gostamos disso. Então, quando, por exemplo, fazemos uma entrevista ou um curta,documentário sobre um determinado trabalho que alguém realize na comunidade, essa pessoa fica muito feliz por estarmos mostrando seu trabalho,por estar sendo reconhecida. O mais interessante é que o efeito é bem maior se essa pessoa realmente for pouquíssima (re)conhecida na comunidade. Outra situação: alguém pode produzir algum tipo de arte que seja legal, bacana, inovadora, no entanto, esse sujeito pode se desanimar por não ter a oportunidade de realmente mostrar tal arte. É aí que nós entramos com a chave, com a oportunidade! O que produzimos é uma ferramenta que nos permite dar uma certa importância ao nosso povo e é exatamente dessa forma que podemos ajudar a fortalecer a auto-estima. Temos em nossas mãos o poder de reconhecer e dar a importância que nossa comunidade, nossa cultura merece! [Bruno Lindsey, câmera]


A comunicação que fazemos é um recurso para nos aproximar diretamente da sociedade. Por isso deve ser utilizada como um meio dinâmico onde esta sociedade sinta-se o participante ativo dentro de um espaço favorável aos movimentos artísticos culturais. Para isso torna-se necessário criarmos estratégias que visem essa aproximação direta. É preciso também que haja uma divulgação maior dos espaços que temos onde a comunidade sinta o valor deste recurso, podemos oportunizar esta aproximação através de descobertas de talentos, parcerias com escola formal, desenvolvimentos de projetos que valorizem a cultura popular, alem disso estimular, incentivar e colaborar com as pessoas que desejam registrar suas criações. [Marcelino, editor de áudio]


Me dei conta da relevância de exercer a comunicação com um canal transformador: mediando saberes, levando a comunidade, atividades de entretenimento, formação de jovens nas mais variadas linguagens de comunicação, a união existente entre os membros, os grupos que permitem ampliar espaços de interação, possibilitando um melhor trabalho. Isso tudo reflete na auto estima dos que fazem parte da ECOS e sobretudo da comunidade. São sinônimos de elevação, crescimento. E muito interessante, para a população serrana pode ver o filho do vizinho sendo repórter da TV ECOS, um primo sendo cameramam, uma amiga tendo aula de fotografia ou informática. Isso faz com que Essas pessoas vejam o que tem em volta delas pode ser usado de forma mais útil. [Sol Coelho, fotógrafo]


Abraços,

Equipe Ecos.

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