Uma comunicação de amor a Guaramiranga.


[img: Nilde sorrindo/ arquivo Banco de Imagens/ AGUA]


Quando fui uma menina de Guaramiranga eu queria ter um lugar melhor para viver, um lugar onde meus sonhos coubessem folgados. Imaginava uma cidade intensa, vívida, inventiva e, naquele tempo, eu pensava que Guaramiranga não podia ser essa cidade.

Nunca,quando criança, imaginei que cresceríamos mais que o que já havíamos crescido ao ponto de ter o concorrido bar do “Chico Ceará”, o impecável Patronato da Dona Excelsa, as imperdíveis noitadas de dramas da Dona Zilda, as ferventes tertúlias da Dona Zetinha, o banho privilegiado na Bica do Major, os espetáculos teatrais (vanguarda total!) do Grupo Cangalha...A beleza das ruas enfeitadas pra procissão do Corpus Christi...

Bom, o tempo me provou que era uma questão de perspectiva: apenas coisa da meninice!
Logo pude enxergar quanto minha cidade era intensa, vívida, inventiva e o tanto que era possível a uma pessoa ser intensa, vívida e inventiva vivendo nela...vivendo-a,para melhor dizer!

Sim, é bom viver Guaramiranga quando seu umbigo está enterrado em algum lugar desse chão! É bom viver Guaramiranga quando ela se torna o lugar mais completo do mundo para você: o lugar onde você pode viver de “mil coisas ao mesmo tempo”.

É nesse campo de sentidos de vida que me movo para que a Ecos seja uma possibilidade de viver a cidade que a gente realmente é, uma fábrica de enfeites do real, a hora de viver o dia a dia sem as matizes das realidades inventadas temporalmente necessárias!

Em tempo: A meninice passou, mas a parte “de Guaramiranga” é gênio predominante em mim.

Por Nilde Ferreira
(((Coordenadora Geral da ECOS)))

Comentários

Postagens mais visitadas